Rebelião
em presídio de PE tem 6 mortos
Estadão Conteúdo
24.07.16 - 19h24
Uma
rebelião realizada na sexta, 22, na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em
Caruaru, no Agreste de Pernambuco, terminou com seis mortos e 11 feridos. As
informações foram confirmadas neste sábado, 23, pela Secretaria Executiva de
Ressocialização (Seres), depois de declarações feitas pelo presidente do
Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Carvalho, que alertou sobre a
“fragilidade” da segurança da unidade, onde atualmente estão abrigados 1.922
detentos.
Durante
a rebelião pelo menos dois prédios foram atingidos pelas chamas de um incêndio
provocado pelos detentos. A identidade das vítimas e dos feridos não foi
divulgada. Todos os mortos eram presos. Um inquérito será aberto para apurar as
mortes registradas.
As
visitas desse sábado foram suspensas, provocando nervosismo e preocupação entre
as famílias dos detentos. Em nota, a Seres afirmou que não houve fuga e a
situação é considerada estável no presídio. A motivação da rebelião, no
entanto, não foi esclarecida.
Na
noite do sábado, em entrevista a uma rádio local, o secretário de
Ressocialização, Pedro Eurico, afirmou que os presidiários estariam
“insatisfeitos com a transferência de um grupo de detentos para outras unidades
prisionais do Estado”.
De acordo com o sindicato dos agentes
penitenciários, o número de profissionais atuando, por plantão, é insuficiente
e o clima é de “muita insegurança”. Segundo a entidade, o presídio está com
mais que o dobro de sua capacidade, que é de 800 vagas.
“Temos de seis a sete agentes por plantão. Estamos
falando de uma unidade com quase dois mil presos. Era para ter pelo menos 80
agentes. Há grupos rivais disputando o comando da unidade e algo ainda mais
grave pode acontecer a qualquer momento”, destacou Carvalho.
Decapitação
Imagens
captadas pelas câmeras de segurança teriam, segundo o presidente do sindicato,
gravado cenas da decapitação de um dos mortos. Mas a informação não foi
confirmada pela Seres.
Participaram
do combate à rebelião policiais do Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres) e
efetivos das polícias Militar e Civil.
FONTE:
Matéria no Jornal O GLOBO
Fonte: http://oglobo.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário